Eetepa Santarém reúne mais de 100 projetos na VII Feira Científica e Tecnológica
05/12/2025
(Foto: Reprodução) Trabalhos dialogam com problemas reais vividos na região
Agência Pará/Divulgação
A Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Francisco Coimbra Lobato, em Santarém, no oeste do Pará, realiza, até este sábado (6), a sua VII Feira Científica e Tecnológica, reunindo mais de 100 trabalhos de iniciação científica desenvolvidos por estudantes e professores de diferentes áreas do conhecimento.
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Com o tema “Inspirações Amazônicas: Ideias locais para soluções globais”, o evento anual reforça o compromisso da instituição em estimular a curiosidade científica, o senso crítico, o empreendedorismo e o protagonismo juvenil.
A vice-diretora da Eetepa, Juliana Ponte, destaca a importância do evento na formação dos estudantes. “Um dos objetivos da nossa Feira é estimular nos estudantes a prática da investigação científica, através do desenvolvimento de projetos de iniciação científica fundamentados nas diversas áreas do conhecimento da qual eles possuem matrícula na Eetepa. E esperamos a promoção do estímulo à curiosidade, ao senso crítico, ao empreendedorismo juvenil, bem como a produção de conhecimento que leve nossos estudantes a contribuírem com a solução de questões problemáticas relevantes para nossa sociedade”, observou.
Os projetos têm como eixo comum a sustentabilidade amazônica aplicada a diferentes áreas do conhecimento. As ações demonstram que a ciência produzida dentro da escola técnica amplia a consciência dos estudantes sobre seu território e gera impacto direto na comunidade.
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Ao longo dos três dias de programação, os visitantes têm acesso a pesquisas de campo, estudos bibliográficos, experimentos, jogos educativos, projetos de inovação tecnológica e relatos de experiência. Os trabalhos dialogam diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a Agenda 2030, valorizando os saberes amazônicos e buscando transformar recursos e desafios regionais em soluções com impacto real.
Os trabalhos dialogam com problemas reais vividos na região. Um deles foi o projeto desenvolvido pelos estudantes do curso de Logística, que criaram um lápis ecológico a partir do reaproveitamento do caroço de açaí.
“Pensamos em uma forma de utilizar o caroço para algo de uso recorrente e chegamos à ideia do lápis, unindo parte da fórmula de uma marca de lápis e materiais semelhantes ao MDF. Esses trabalhos nos dão experiência de nível superior e facilitam nossa entrada na universidade. Nos tornam cidadãos críticos e conscientes, ativos na busca por soluções”, explica Ronald Torres, do curso Técnico em Logística.
Outro destaque veio do curso Técnico em Alimentos, com um estudo de caso sobre a empresa Reinterra - Desidratados da Amazônia, que transforma frutas e verduras excedentes das feiras em produtos inovadores.
A estudante Janaína Silva explica que o trabalho dialoga diretamente com os ODS 2, 9 e 12, ao tratar de agricultura sustentável, inovação e redução de desperdício. “Esse estudo nos fez enxergar que podemos devolver de maneira consciente e sustentável alimentos nutritivos que ajudam produtores rurais e fortalecem nossa culinária amazônica. É também uma oportunidade para empreender e valorizar os insumos da região”, destaca.
Uma feira que transforma trajetórias
Ao reunir projetos de áreas como Agricultura, Meio Ambiente, Turismo, Logística, Informática, Segurança do Trabalho, Secretaria Escolar e Alimentos, a Feira Científica da Eetepa Santarém confirma seu papel como espaço de formação integral.
“Estudantes pesquisam, experimentam, visitam comunidades, analisam problemas locais e propõem soluções que fazem sentido para a Amazônia. Mais do que expor resultados, o evento evidencia que a ciência feita na escola técnica pode gerar inovação, inclusão, consciência ambiental e desenvolvimento social, preparando jovens para serem protagonistas de um futuro mais sustentável na região e no mundo”, explica o professor.
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